Friday, July 26, 2013

Intercâmbio EUA: 04. Primeiro contato com a terra do Tio Sam

Como prometido, estou eu aqui de novo para contar como foi minha chegada no USA.
Depois de muitas cansativas horas de viagem pousamos em San Diego. O aeroporto de lá não é muito grande, foi fácil de pegar nossas malas e encontrar a saída.
Lembro-me que perguntamos para alguém onde era o ponto de taxi e o cara nos apontou, era logo na frente da porta de entrada do aeroporto. 

Chegando em downtown - San Diego

O Taxi


No taxi falamos para o motorista para onde queríamos ir (eu tinha decorado o endereço rs, mas levei um papelzinho de segurança, também já sabia mais ou menos quanto sairia o taxi, se eu não me engando foi uns US$20). 
O taxi de lá é um pouco diferente do daqui. A maioria dos carros são bem espaçosos por dentro e tem um acabamento nos bancos bem diferente. Eles usam uns perfumes bem fortes e doce. E todo taxi tem uma maquina de passar cartão atras do banco do motorista - sim, todos os taxis aceitam cartão de crédito/débito - e quando voce vai pagar o maquinha pergunta quanto você quer dar de Tip (gorjeta) - aham, temos que dar gorjeta para o taxista - mas eu não costumava dar, na primeira vez, pelo menos, paguei o taxista em espécie e não dei nenhum tip, rs.

Casa estudantil


Little Italy - Bairro onde fica a Vataggio em SD
Chegamos na Vantaggio (recidencia estudantil), mais ou menos 12h e nosso check in era só as 15h. Por sorte, bem na hora que estávamos entrando encontramos duas meninas brasileiras que haviam acabado de chegar também. Uma estava com a familia (a família deixou ela lá e foi viajar pela costa da Califórnia) e outra tinha chegado sozinha mesmo.
Logo nos apresentamos, elas nos ajudaram um pouco para falar com recepcionista (no começo não entendia nada do que a moça falava) e fomos procurar algum lugar para comer.
Estávamos todas sujas, cansadas, feias e com fome. Não podíamos entrar no dormitório então fomos almoçar. Uma das meninas queria ir na Starbucks que tinha visto no caminho que ela fez para chegar na Vantaggio. Resultado:  nos perdemos, demos vários roles para encontrar o lugar e mais outros voltar, mas depois nos achamos, rs.
Eu queria ir comer no Burger Lounge, um lugar onde faz hambúrguer caseiro que eu tinha visto em um dos blogs antes de ir para lá. Estava uma delícia, mas o  lugar era inviável para que comêssemos todos os dias, apesar de ser perto de casa, era "muito caro", deu mais ou menos US$30 para cada um.
Meninas brasileiras que conhecemos - parte da frente da Vantaggio
Feito isso voltamos para a Vantaggio e eu peguei a senha do wi-fi e dei sinal de vida para minha família. Esperamos dar 15h, entramos no quarto, tomamos banho, desfizemos as malas, descansamos e quando escureceu as meninas que havíamos acabado de conhecer nos chamaram para ficar lá fora.
Na Vantaggio, quando começa a escurecer o pessoal vai todo lá pra fora e ficam bebendo, batendo papo e fazendo amizades. Neste dia mesmo, eu já conheci uns turcos, uns brasileiros e um americano. 
O legal de fazer intercâmbio é isso, as pessoas, em geral, estão todas abertas para fazer novas amizades. Então é normal alguém começar a puxar assunto do nada com você.

Sensação 


No meu primeiro dia eu ainda estava perdida, não era como se eu estivesse no EUA. Talvez seja porque de tanto pesquisar eu já sabia exatamente o que me esperava lá ou sei lá, acho que eu estava esperando me sentir em terras americanas. Levou um tempo para cair a ficha. Era tudo muito novo mais no mesmo tempo tudo muito normal. A cidade era linda, bem estruturada, plana, com pedestres e motoristas que respeitam as leis de transito.. Mas eu já sabia que seria assim, então não foi nenhuma novidade. Enfim, foi um sentimento bem estranho quando cheguei, não consigo explicar.



Nos próximos posts vou falar mais sobre a Vantaggio e sobre o meu primeiro dia de aula.

Tuesday, July 23, 2013

Au Pair: 01. Mãe, quero ser Au Pair

Gente, tudo bem? Eu sei que nos meus últimos posts eu estava falando sobre meu intercâmbio de férias que fiz no ultimo ano, o qual foi importantíssimo para mim pessoalmente, socialmente, profissionalmente, enfim.. de todas as maneiras imagináveis. Juro que continuarei com ele e vou contar tudinho, tim-tim por tim-tim, tá?
Mas hoje vou falar sobre outro assunto. Uma coisa que anda me cucando faz tempo e eu tenho que compartilhar com vocês. Recentemente, tomei uma decisão, vou ser au pair - Como assim? - Bem, quando voltei de San Diego entrei em depressão pós-viagem (nos próximos posts vocês vão entender o porquê) e comecei a ler diversos livros de auto-ajuda e pesquisar na internet bastante  sobre como sair desse buraco. Li várias estratégias de como reverter esse meu estado emocional, e lembro-me que uma delas era se agarrar à uma nova viagem - à uma nova aventura - compreender que o intercambio acabou, mas sua vida não e você tem várias coisas para vivenciar ainda.
Pois bem, fiz isso. Agarrei-me em uma nova meta! A princípio, pensei em fazer pós-graduação fora, pesquisei os preços e vi que era financeiramente inviável no momento. Então comecei a procurar outros meios de fazer isso, um deles seria trabalhar e estudar simultaneamente - por que não, né?
Eu já sabia mais ou menos o que era Au Pair, minha amiga de colegial sempre me incentivava à fazer quando ainda estávamos na escola. Mas nunca tinha me interessado de verdade pelo programa até então. O que me chamou atenção dessa vez é que a participante além de receber um salário, uma moradia e (muitas vezes) um carro, ela tem direito a uma bolsa de estudo de US$500, e aí entraria a minha oportunidade de estudar fora. 
Antigamente, costumava pensar que a Au Pair só poderia estudar a língua local, mas não, ela pode fazer qualquer tipo de curso, até mesmo um da sua área profissional. Claro que essa bolsa não chega ao valor de uma pós, mas só o fato de poder fazer um cursinho de "administração" no exterior e viver um ano fora já foi o suficiente para eu me entusiasmar.
Mas não pensem que me decidi tão rápido assim, foi uma ideinha brotada em 2012 que só agora começou a vingar na minha cabeça. Nos últimos dias, tenho assistido muitos vídeos, lido muitos blogs e sites relacionados, falado com muita gente, enfim, tenho pesquisado muito do assunto. Já sei praticamente tudo: quais são as agências que fazem esse tipo de programa, quais são os quesitos essenciais para se inscrever, como é o preenchimento dos formulários, o que devo fazer para achar uma boa host family, etc, etc, etc..
Os únicos problemas (probleminhas) são: estou no 3º ano de facu ainda e não pretendo trancar para ir, não tenho meios de money o suficiente no momento (apesar de ser um programa super em conta), meus parents provavelmente não vão gostar da ideia e o intercâmbio é indicado para maiores de 21.
Como ressaltei, estão mais para probleminhas do que para real problemas, tudo se resolve fácil com o passar do tempo - tempo: coisa que não quero esperar -  estou ansiosa, sei que é isso que quero, pesquisei bastante, dificilmente mudarei de ideia, queria fechar tudo no máximo amanhã!!!!

Respira.
Eu sei, eu sei. Preciso ter calma, contar até 10. E é isso que vou fazer. Sei que continuarei com a ideia em mente, então vou usar esse tempo (um ano e meio no mínimo, até eu terminar a facu pelo menos) ao meu favor. Vou aproveitar para melhorar meu inglês, para conseguir mais experiência com kids, para convencer a minha família sobre o programa, para juntar dinheiro e para pesquisar mais e mais a fim de ter certeza absoluta de que é isso que quero.


Gente, nos próximos posts vou voltar contar como foi o meu intercâmbio para San Diego e talvez volte a falar sobre o programa de Au Pair.

Monday, July 15, 2013

Intercâmbio EUA: 04. Aeroporto, avião e imigração

7 de julho de 2012 - Neste dia embarquei para minha tão esperada Califórnia. Tinha mil expectativas, mas nenhuma ideia do que me aguardava. Logo que atravessei os portões para embarcar minha aventura começou. 


Aeroporto de GRU - Eu e Vanessa esperando para embarcar
Eu e minha amiga, não pudemos escolher nossas poltronas, ela ficou em uma bem no meio e eu fiquei em uma da janela. Então fiquei esperando a pessoa que sentaria do meu lado para eu explicar a situação e ver se ela trocaria de lugar com minha amiga, o que eu não esperava era que o cara era gringo e não entendia nada de português. Foi aí que tive que, pela primeira vez, arriscar no english. 
Bem, como eu já esperava, não tive dificuldade de falar, como na escola, meu problema sem foi no listening. Eu expliquei direitinho o que eu queria e o cara, todo simpático me falou algo e sorriu, então eu sorri também e torci para que não fosse uma pergunta. Daí o senhor falou de novo e repetiu mais uma vez. Tive que explicar que não estava entendendo, por sorte o cara da poltrona de trás entendeu e me disse que o senhor não se importaria de trocar, desde que tivesse lugar para a mala de mão dele lá onde minha amiga estava. Ufa! 
Aí depois disso foram longas horas de viagem até Dallas. Onde mais uma vez nos ferramos no inglês. Provavelmente alguém deve ter falado em algum momento que antes da imigração eu e minha amiga deveríamos pegar nossas malas. Mas eu não prestei atenção, ou prestei e não entendi.. whatever, eu e minha amiga demos altos roles até que um cara veio perguntar das nossas malas para gente e nos explicou que tínhamos que pega-las em X local (e depois chamou a gente de linda, sim, em português, rs).
TV do Avião - Chegando em Dallas
O aeroporto de Dallas é E-NOR-ME, tem até trem lá dentro pra se locomover de portão XX pra YY. Como já era de se esperar, as loginhas são bem típicas também, tem vários chapéus de cowboy nas maniquins, que por muitas vezes essas tem chifres iguais de vaca (bizarro né?). 
A imigração foi fácil, o cara só me perguntou para onde estava indo e o que eu faria lá. Mais uma vez, como todas as 18237182 próximas vezes, que tive que usar o inglês, fiquei muito nervosa e não entendi direito o que ele tinha dito. Mas minha amiga deu um help e eu disse que ia pra SD para estudar inglês e para fazer turismo. - É, nessa hora não tem jeito, o cara só fala inglês e alguns espanhol (mas espanhol mesmo, não vai tentar enrolar no portunhol que o cara não vai entender nada). Por isso é bom pedir ajuda para algum brasileiro, caso você não tenha um amigo para ajudar, como eu tive!
Trem do aeroporto de Dallas

Depois que encontrei meu portão de embarque, comprei um cocoa (um chocolate quente aguado, urgh) numa lanchonete alí perto - primeira vez que usei meus dollars *--* - e embarquei rumo a San Diego em um avião da American (caindo aos pedaços, rs).
E tchanrããã, chegueeeei!!
Como não tinha translado, fomes de taxi mesmo para 1733 State Street, Vantaggio. 



No próximo conto como foi meu primeiro contato com as terras do tio Sam.


Tuesday, July 9, 2013

Intercâmbio EUA: 03. Seria tão mais fácil ter o melhor dos 2 mundos..

Depois de feito toda a parte burocrática do processo, agora era só esperar. Os meses foram passando e eu comecei a procurar por estágio. Motivo maior? Grana. Queria juntar um pouco de money para pode gastar lá. E como contrato de estágio não prevê compromisso, era uma ótima forma de conseguir o melhor dos dois mundos: juntaria dinheiro + ganharia experiência na minha área + não teria problema com a carteira manchada por pouco tempo de trabalho. 
   Mas o tempo foi passando, a viagem de aproximando e nada de alguém me chamar. Até que em maio a TV que eu havia feito entrevista me chamou para trabalhar. CARAMBA MEO, ESTÁGIO NUMA TV? Sim, e melhor, para ser repórter! Como já sabem, faço faculdade de Jornalismo, e como todo foca de 2º ano, meu sonho era entrar para uma TV, mas meus colegas e professores já tinham me desiludido dessa ideia. Vagas em TVs são muito concorridas, você não tem só que ser o melhor como estar estudando em pelo menos umas das melhores faculdades, as chances de eu conseguir um estágio como esse eram 0,0000001%. E justo agora que eu iria conseguir? Faltando 2 meses para eu embarcar?
   Bem, eu sabia que oportunidades como essa não surgiriam tão em breve. O que eu fiz? Aceitei. O que vale é experiência não é mesmo?

   Comecei na TV. Tudo era tão novo e bonito. Eu finalmente sabia o que eu queria para mim. Cada dia era melhor que o outro. Eu simplesmente me apaixonei pelo meu trabalho, a ponto de quase desistir do intercambio. Sim, quase! rss
   First of all, eu não poderia simplesmente cancelar a viagem, nessas alturas já estava tudo pago praticamente. Mas por outro lado, a ultima coisa que eu queria era sair do meu amado estágio dos sonhos. "A vida poderia ser tão fácil se eu pudesse ter os dois", eu pensava. But there wasn't deal, eu falei com meu chefe sobre o intercambio. Expliquei como ele era importante para mim, assim como o estágio também era e ele prometeu que quando eu voltasse ele me colocaria lá novamente, mas que seria bom eu já me afastar da TV, já que eles estavam passando por uma transformação de programa e não teria sentido eu ficar nesse nó já que não permaneceria mais alí por muito tempo. Sendo assim, faltando duas semanas para viagem meu sonho-repórter acabou e minha concentração ficou toda direcionada à San Diego.