E são as coisas mais pequenas,
bobas e aparentemente insignificantes que me fazem lembrar de você. Na colher
de pegar sorvete, na imagem estampada em algum lugar com o seu prato favorito,
na gíria em que você mais fala, numa situação em que você acharia engraçada, na
musica que você mais ouvia, no listerine que esqueceu em casa, no perfume em
que você me deu, o biscoito em que compramos juntos, num filme de
romance/drama/ação/terror. Caramba, parece que tudo me faz lembrar de você.
Será que dá pra parar?
As
lembranças veem o tempo todo na minha cabeça, como se fossem um filme, e involuntariamente
eu ficasse apertando replay. Passando e repassando o filme, esperando encontrar
um detalhe, que talvez tenha passado despercebido, que fizesse toda a
diferença, que trouxesse o significado de tudo. E o mais interessante, que cada
vez eu repasso tudo eu chego a alguma conclusão diferente.
E os “e
se”s? Cara, eu tô cheia deles. E se eu não tivesse feito isso, e se eu tivesse
falado aquilo, e se não tivesse acontecido isso.. Mas a real eu sei, poderia
ter acontecido tudo de diversas formas diferentes, e todas elas, mais cedo ou
mais tarde, teriam me trazido para o mesmo lugar. Quero dizer, o “e se” não vai
mudar nada do presente né? Só vai me martilharizar mais e mais.
Eu juro
que tento não olhar para trás e seguir em frente, mas a coisa é mais complicada
do que parece. Meu coração é burro, fazer o quê? E o pior é que muitas vezes
ele é mais forte que o cérebro, me jogando num mar de lembranças sem bóias ou
salva-vidas.
Já
fazem 26 dias que você se foi e eu ainda sinto tanto a sua falta quanto no dia
que criei o blog, a diferença que eu estou aprendendo a viver com essa saudade
guardada dentro de mim sem ter que perder a cabeça a todo momento.
"Pensei até em me mudar, para um lugar que não exista, o pensamento em você"
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