Bem, eu tinha parado na parte que meu pais toparam né? Ãh, feito isso, começou a segunda parte da coisa, a papelada.
Eu nunca tinha ido para a terra do Obama, nem para a terra de ninguém. O mais longinho que tinha ido até então era para Fortaleza. Ou seja, teria que tirar passaporte e visto.
O passaporte foi mais tranquilo. Mas tive que tirar um RG novo, pois minha cara e minha assinatura deste documento já não era mais as mesmas. Não que seja obrigatório, mas é bom deixar tudo bonitinho para que não haja problemas lá na frente. Tive que pagar uns R$150,00 de taxa do passaporte e agendar um horário na PF. Por isso que é bom não deixar para cima da hora, a maioria dos lugares em São Paulo só tinham horário para uns 3 meses para frente, dei sorte achei um lugar que fazia antes. Em novembro já estava com o passaporte na mão.
Sendo assim, agora era hora de marcar o visto. Aí você junto um monte de papelada - RG, CPF, comprovante de residencia, comprovante de veículo próprio, lerite - tudo que prove que você não está querendo ir ganhar a vida nos States. Depois disso, você tem que preencher mil formulários online (alguns em inglês), pagar a taxa e aí sim marcar a entrevista no consulado.
A taxa varia para cada tipo de visto. Até um número X de horas do curso, você pode pegar tanto o visto de estudante quanto o de turismo, a partir desse número, o visto de turismo não vale mais, só o de estudante. Como meu curso era apenas matutino, durante 4 semanas, eu poderia optar. O visto estudantil sai mais rápido e é mais barato, se não me falha a memória. Mas eu optei por pegar o visto turístico, dessa forma eu poderia usar outras vezes, durante 10 anos. O estudantil ele expira algumas semanas depois que seu curso acaba.
As pessoas costumam colocar maiooooor medo na gente, nos fazem pensar que o cônsul é maior bruxo das trevas e vai tentar de qualquer jeito te ferrar. Mas não vai nessa onda. Claro que no dia você mantem o formal (não aconselho fazer piadinhas com ele), mas não precisa temer. No dia da sua entrevista esteja com o máximo de documentos em mãos e não esqueça da foto e de nenhum xerox, pelamor (lá é os olhos da cara o preço). Você vai pegar um fila para checar os documentos, outra para pegar a senha, vai esperar seu numero para tirar a digital, depois vai pegar mais uma senha para falar com o cônsul. Ah! Não existe nenhuma salinha para entrevista tá? São guichês e o cônsul fala português, mas com sotaque americano (não ria!). Aí de toda aquela papelada que você levou, ele vai pedir uma coisa ou outra ou, como no meu caso, nada. Sim, a papelada é por precaução, eles quase nem exigem mais nada. Por fim, o cara fala se você foi aprovado ou não e te encaminha para a ultima fila, a do sedex, onde você mesmo preenche o seus dados no envelope que futuramente será usado para enviar o seu passaporte carimbado para sua residência.